Na China, a NASA e a EPA registaram uma redução significativa das emissões de dióxido de nitrogénio entre Janeiro e Fevereiro, devido ao abrandamento económico durante a quarentena - https://earthobservatory.nasa.gov/images/146362/airborne-nitrogen-dioxide-plummets-over-china
Ainda na China, o CREA explica que as emissões de CO2 reduziram 25% devido às medidas para conter o vírus - https://www.carbonbrief.org/analysis-coronavirus-has-temporarily-reduced-chinas-co2-emissions-by-a-quarter
Em Itália, durante a quarentena, dados de satélite mostram uma redução das emissões de dióxido de nitrogénio na Região Norte (uma das mais afetadas pelo COVID-19 e também onde existe maior concentração de indústria) - https://earthobservatory.nasa.gov/blogs/earthmatters/2020/03/13/airborne-nitrogen-dioxide-decreases-over-italy/
Nos EUA, devido ao abrandamento do transporte, as emissões reduziram na ordem dos 7.5% - https://www.bloomberg.com/news/articles/2020-04-07/u-s-slashes-carbon-emissions-forecast-as-people-stay-home
Na Índia, durante o recolher obrigatório de dia 22/03, registou-se o nível médio mais baixo de poluição resultante de dióxido de nitrogénio de sempre (!) na Primavera, de acordo com o CREA - https://energyandcleanair.org/janata-curfew-pollution-levels/
Estamos longe de poder afirmar que o COVID-19 veio ajudar a sustentabilidade. Nenhuma pandemia ou nada que coloque em perigo a saúde (e a vida) humana poderá ser considerado “benéfico” para a humanidade. Esta pandemia veio agitar a sociedade, colocar pressão nos já frágeis sistemas de saúde, alterar a estabilidade das economias... mas teve consequências, como as acima, que temos de avaliar para saber o que fazer a partir de agora. A Bain&Company publicou um artigo* onde explica que, para alguns sectores, a sustentabilidade a curto prazo poderá estar em causa (turismo, restauração, algum retalho) porque as empresas estão em modo “sobrevivência”. Aliás, nos EUA, a EPA vai aliviar as medidas de combate à poluição, de modo a ajudar as empresas. No entanto, o European Council já veio dizer que o “GreenDeal” Europeu não será abandonado e as ações das empresas com os fatores ESG mais elevados - os ESG ajudam a reduzir e avaliar o risco das empresas em relação a Ambiente (Environment), impacto Social e modelos de Governo - são as que têm estado mais estáveis e as que têm atraído o interesse de investidores Asiáticos.
Também o teletrabalho e o trabalho por turnos estão a dar frutos, com as empresas a perceberem que existe aqui uma maneira de poupar recursos e de valorizar os colaboradores (melhor ainda se as reuniões de teletrabalho forem realizadas através de empresas como a Microsoft, Adobe e Google que operam com energias limpas).
Durante a recessão de 2008, muitos previram que a sustentabilidade iria ficar esquecida. Verificou-se cada vez mais investimento em sustentabilidade e, se esta pandemia nos mostrou alguma coisa, é que quem está mais preparado e age mais depressa, tem melhores resultados.
Vamos passar por momentos diferentes (e difíceis), mas a longo prazo a estratégia em prol da sustentabilidade pode manter-se. Depende de nós, das empresas e das entidades políticas.
*https://www.bain.com/insights/covid-19-gives-sustainability-a-dress-rehearsal/
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